segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A carta.


Amanheci sozinho, senti um vazio imenso dentro de mim. Resolvi enviar uma carta para um triste ser que vem me importunando há tempos. Na carta havia os seguintes dizeres:

Tristeza, venho por esta carta, fazer-lhe um pedido. Deixe-me em paz. Não suporto mais esta angústia, estou cansado de ser incompreendido e descartado. Por obséquio, deixe-me viver a minha vida sem você.

Dias se passaram que enviei uma carta para você. Já que você não me deixou em paz, estou abandonando você. Quero ter a certeza de que dormirei e terei lindos sonhos, de que acordarei no dia seguinte e verei o mundo de outra forma. Estou abrindo mão de tudo que não me fez bem durante muito tempo. Antes eu precisava de carinho, um beijo, um afago, alguém em quem confiar, alguém pra eu contar minhas bobagens, alguém pra eu chamar de amor. E hoje posso dizer que encontrei o amor, posso dizer que encontrei a felicidade.

Alguns meses se passaram, e chegou uma carta que dizia o seguinte:

Olá, sou a tristeza, sei que só tenho feito coisas ruins para você, tenho lhe deixado deprimido demais, tenho lhe deixado sem sono, mas preciso de você! Nós dois nos completamos, por favor, volte para mim.

Então a felicidade decidiu responder...

O meu amigo não pode responder no momento. Ele está feliz demais para responder uma bobagem desta. Se por algum momento ele chegou a juntar-se a você, não foi porque gostava de você, e sim porque não havia encontrado a si mesmo. Nunca mais o vi chorar, nunca mais o vi sofrer. Portanto, ordeno-lhe que o deixe em paz.

Obrigado.

Laís de oliveira.

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